terça-feira, 21 de julho de 2009

A volta (?!?)

Por um minuto ela acreditou que, desta vez, as coisas seriam diferentes...
- Ele prometeu! – era tudo em que Patrícia pensava naquela manhã fria do inverno porto-alegrense.
- Prometeu que ligaria...

Andava de um lado a outro da casa vazia remoendo-se de angústia e preocupação. Uma preocupação que não sentia há muito tempo.

Agia como uma adolescente que aguarda ansiosa uma ligação do primeiro namorado. Era verdade que Gustavo havia sido seu primeiro namorado. Primeiro e único! Não tinha vergonha de admitir que nenhum dos outros homens de sua vida teve o mesmo significado. Gustavo era único e Patrícia orgulha-se disso. Começaram um namorico quando ela tinha dezesseis anos, recém completados. Ele um pouco mais velho. Na época com vinte e quatro.

Namoraram firme por quase dois anos. E por acaso do destino se separaram sem brigas, mas também sem maiores explicações... Ficaram apenas as boas lembranças...
Graças ao mesmo acaso ou talvez por pura ironia se reencontraram num dos bares da capital gaúcha numa noite de sexta que não prometia grandes emoções até aquele momento.

Patrícia nem sabia que ele tinha voltado a morar em seu antigo apartamento na Zona Norte. Ficou entre alegre e surpresa quando o viu. Mais alegre ainda ficou Gustavo quando soube que, mesmo depois de tanto tempo, ela ainda estava solteira. Ainda nutria certo desejo pela morena que agora tinha ares de mulher fatal, mas os mesmos olhos de menina que o encantavam na época do namoro.

Depois daquela noite voltaram às velhas e longas conversas. Aquelas conversas cheias de risinhos e diminutivos. Várias ao dia e de todas as maneiras que a tecnologia proporciona. O que Patrícia não sabia que estas mesmas conversas eram extremamente enfadonhas para Gustavo. Mesmo sendo ele que sempre a procurava. Mas havia algo na menina que o tirava o tino quando estavam juntos, por isso, e só por isso, mesmo achando que as ligações eram mimosas e melosas demais sempre retornava e procurava ser galante de sorridente da mesma maneira que tempos atrás. Sabia que o sorriso era seu grande trunfo com Patrícia e aproveitava-se disso. Ambos passaram a nutrir novamente antigos sentimentos... Antigos desejos.

Passada uma semana, marcaram um jantar. Uma pequena comemoração para marcar o reencontro. O restaurante, também, era um velho conhecido. Alguns dos melhores vinhos da cidade eram encontrados ali. O dono, amigo do casal, não escondeu a alegria ao vê-los chegar de mãos dadas e alegres como antes. Ambos haviam afogado as mágoas do término naquele mesmo restaurante e bebendo os mesmos vinhos que agora degustavam em clima de romance.

No meio do jantar, exatamente naquele momento em que os dois se perguntam em que apartamento a noite vai terminar o telefone de Gustavo toca deixando Patrícia sozinha mais uma vez com o mesmo vinho servindo de consolo. Ele apenas alega problemas. A deixa aflita, preocupada e pede pra que ela não ligue. Ele ligaria assim que tudo estivesse resolvido. A promessa era que em meia hora ele estivesse na casa dela pra continuarem a noite.

A noite terminou a veio uma das manhãs mais frias do ano para Patrícia nem o sol daquela manhã de finalzinho de junho a aquecia. Passou a noite pensando no que poderia ter acontecido. Chegou a discar o número do telefone dele várias vezes, mas por medo de perecer inconveniente, ou mesmo, desesperada desistiu. Manteve-se fiel a promessa de não ligar.

Foram necessários dias e incontáveis conversas com a mãe e as amigas para que ela se convencesse de que ele havia sumido mais uma vez. Patrícia se martirizou. Acusou a si mesma de boba e ingênua por mais uma vez ter sido enganada por Gustavo.

- Ele se foi... - pensava entre lágrimas
De novo sem brigas... Sem explicações e sem motivo aparente...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

1001 discos pra ouvir antes de morrer

Estava navegando no Twitter (follow me) estes dias e vi um post muito legal com a lista dos 1001 Discos pra Ouvir Antes de Morrer. Estas series de coisas (pra fazer antes de morrer) andam fazendo sucesso, realmente. São infinitos lugares pra ver... livros e sabores. Sinceramente as vezes fico de saco cheio dessas coisas, mas a serie de discos é muito boa e o melhor é que estão disponiveis pra download. Pra quem gosta de música é uma bela dica...
A lista é ótima e vai de Elvis Presley e Janis Joplin à Gorillaz... vale a pena!
Buenas,a lista completa ta lá no site nobrasil.org, clique aqui pra acessar a página original.

terça-feira, 14 de julho de 2009

(...)

Mais uma tentativa (meio frustrada eu sei!) de compensar minha falta de inspiração. Ando sem um pingo de imaginação por isso a infinidade de canções...
Hoje o momento é de reflexão ao som de Ira!

Dias de Luta
IRA!
Composição: Edgard Scandurra

Só depois de muito tempo
Fui entender aquele homem
Eu queria ouvir muito
Mas ele me disse pouco...

Quando se sabe ouvir
Não precisam muitas palavras
Muito tempo eu levei
Prá entender que nada sei
Que nada sei!...

Só depois de muito tempo
Comecei a entender
Como será meu futuro
Como será o seu...

Se meu filho nem nasceu
Eu ainda sou o filho
Se hoje canto essa canção
O que cantarei depois?
Cantar depois!...

Se sou eu ainda jovem
Passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção
O que cantarei depois?...

Só depois de muito tempo
Comecei a refletir
Nos meus dias de paz
Nos meus dias de luta...

Se sou eu ainda jovem
Passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção
O que cantarei depois?...(2x)

Cantar depois!...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

É tudo que eu precisava nestes últimos dias...

Sutilmente
Samuel Rosa / Nando Reis


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti (x2)

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti