quarta-feira, 7 de outubro de 2009

De novo...

De novo os passos secos tentam em vão preencher a noite

Passos solitários...

Noite sem estrelas...

Sono sem sonhos...

De novo a angústia

O medo...

A dor...

De novo a companhia da velha conhecida

A mesma guria que velava o sono de outras épocas

De novo o vazio

A impotência diante do fato

De novo as mesmas cores que com o tempo perderam o brilho

De novo as lágrimas embaçando as lentes

A cegueira temporária

Aquele mesmo túnel que me deixa sem ar...

De novo a solidão

E a frustração de mais um poema sem final...

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